sábado, 6 de abril de 2013

Fundação de Colina: famílias Fabri, Junqueira Franco, Venancio Dias, Lamounier de Andrade e Cel. Luciano de Melo Nogueira

Colina anos 1939/1940 - Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo

Cópia do documento de Criação do Distrito de Paz de Collina datado de 07 de Dezembro de 1917

Cópia do documento de Criação do Distrito de Paz de Colina, município e comarca de Barretos, de 07 de Dezembro de 1.917






PROGRAMA REPUBLICADO NO COLINENSE DE 21/ABRIL/1970:
Por deferência toda especial, e como homenagem de O Colinense a um de seus maiores colaboradores, quando em vida, Dr. João Moreira de Andrade, publicamos, na íntegra, o Programa de Festejos que, a 21 de abril de 1926, determinou a passagem da emancipação política do Município:


PROGRAMA DA FESTA DO PADROEIRO SÃO JOSÉ E DA INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO DE COLINA, DA COMARCA DE BARRETOS, A REALIZAR-SE NO DIA 21 DE ABRIL DE 1926:
- repique dos sinos da Igreja ao meio dia, anunciando o início da novena em preparação da Festa - às 19 h desse mesmo dia, haverá lugar a primeira novena, constando do Veni, Ladainhas, Bênção do Santíssimo Sacramento e cânticos religiosos e assim continuará até o dia da festa.
- nos três últimos dias, depois das novenas, haverá leilão em benefício da festa. No dia 20 deverá chegar de São Paulo o exmo. orador sacro, Padre Genésio Lopes, da Paróquia Santa Cecília que, na hora da missa e após a procissão se fará ouvir. 
- às 8 h haverá a primeira Missa com Comunhão Geral

MISSA CAMPAL
Às 10 h haverá Missa Campal à porta da Matriz, por três sacerdotes, num altar previamente preparado por distintas Senhoritas da nossa sociedade. 

INSTALAÇÃO DA NOVA COMARCA
Às 11 h, o Diretório local, vereadores, autoridades locais e das localidades vizinhas, convidados e o povo em geral diregir-se-ão para o prédio da Câmara Municipal, para cerimônia de posse que será dada pelo Exmo. Emérito Sr. Juiz de Direito da Comarca, Dr. Belmiro Simões, procedendo à bênção do Prédio. Haverá então um discurso alusivo ao ato, pronunciado pelo Exmo. Sr. Dr. Valêncio Augusto de Barros Filho. Às 16 h haverá um encontro de nossos bravos jogadores de futebol com os de Bebedouro.
Às 18 h sairá de nossa Matriz uma procissão conduzindo um Andor e Imagem de nosso Padroeiro São José abençoando o novo Município e seus habitantes. Ao entrar da Procissão se fará ouvir de novo o Orador Sacro, dando-se a bênção com o Santíssimo Sacramento. 

FESTIVAL INFANTIL ORGANIZADO PELA PROFESSORA DA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ VENÂNCIO, D. NATIVIDADE CARMELITANA ARANTES PRIMEIRA PARTE: Ginásticas por 25 alunas. A COLINA, poesia alusiva à festa, pela menina Maria Aparecida 
SEGUNDA PARTE: A CASINHA DA COLINA - canção pela menina Maria Aparecida. ALMA DE DIOS - pela menina Agueda Perez e ZIZINHA DE CARTOLA E BENGALINHA - por um grupo de meninas. O DR E A SENHORITA pelas meninas Dirce Schmidt e M. Ap. 
TERCEIRA PARTE: SAUDADE - fado tango pela menina M. Ap; A BONECA - monólogo pela menina Maria Perez; MANDARIM - fox-trot pela menina M. Ap.; A PASTORA - canção espanhola, pela menina Maria Perez; O SALGUEIRO - diálogo e canto pelas meninas M. Ap. e Palmyra Mininni; A GHEISHA - por um grupo de meninas; A MONTERIA - por um grupo de meninas

Nota: O prefeito à época era Antonio Junqueira Franco (Nico Junqueira) – primeiro Prefeito da cidade, 
de 23/04/1926 a 21/10/1929 
e depois de 13/05/1938 - 06/03/1942

filho de João Junqueira Franco (João da Onça) e Ignácia Junqueira Franco (irmã de José Venâncio Dias), nascido na Fazenda da Onça, um dos fundadores de Colina






Primeiro Prefeito de Colina- Antônio Junqueira Franco - Nico- com o governador sr. Armando Salles de Oliveira na fundação do Club Hípico - Polo em 1929.

A primeira casa de Colina foi a de José Fabri (1905) e servia para pouso de carreiros, tropeiros, madeireiros e outros viajantes... 
(livro Colina Capital Nacional do Cavalo, Syria Drubi, pag. 36)


Chácara Palmeiras, de José Fabri

Marcia, Bisneta dos Fabri: a chácara dos Fabri se chamava chácara Palmeiras, minha mãe conta que lá tinha tanta variedade de árvores frutíferas que era chamada de o paraíso das frutas, meu avô o Vicente Fabri, filho do Jose Fabri, gostava muito de plantar rosas também e que, quando chovia, ele ficava todo feliz na janela assoviando vendo a chuva molhar a plantação. O assoalho da casa era todo de tabuas, que elas lavavam com sabão de cinzas e ficava tudo muito branquinho. Quase na porta da casa tinha um córrego e as crianças da casa adoravam levantar pela manhã e lavar o rosto com a água fresquinha; no fundo da chácara também tinha um córrego onde as crianças iam nadar e pescar.


Não se trata exatamente da primeira casa mas sim do local onde foi erguida a primeira casa e da primeira chácara de Colina. Esta poderia ser chamada de primeira casa de alvenaria construída em Colina, no mesmo lugar do rancho dos Fabri, este sim, a primeira habitação de Colina e que servia de pouso para carreiros, tropeiros, madeireiros e outros viajantes.
Ao lado havia uma chácara que chamávamos Malvina (uma das filhas do Fabri), que também tinha muitas árvores frutíferas e fazia as delícias da molecada. Tinha uma casa em ruínas que diziam ser mal assombrada. Como a Malvina morreu internada no Franco da Rocha, isso deve ter servido ao folclore local para as invencionices típicas de um interior onde não havia televisão e os "causos" eram contados à larga. 

Márcia, bisneta dos Fabri relata: todos conhecem o meu bisavô por Jose Fabri, mas o nome dele no passaporte está como
Giuseppe que é um nome italiano; é típico de brasileiro adaptar tudo à maneira preguiçosa de falar da nossa língua. Eu estava lendo o blog e achei uma historia que a minha tia Malvina morreu louca , na verdade a minha mãe conta que a prefeitura ia passar uma rua dentro da chácara Malvina, que pertencia a minha tia Malvina e que ela não concordava com isso, você sabe, as pessoas de antigamente tinham muito amor ao local onde viviam tranquilas e, de uma hora pra outra, se vê quase expulsa do lugar onde vivia e amava, minha mãe contou que ela tinha muitos animais e frutas na chácara e que o lugar era muito bonito. Por este motivo quando os homens da prefeitura começaram a trabalhar no local, ela tentava impedi-los, e isso causou alguns problemas, se fosse nos dias de hoje talvez as coisas fossem resolvidas de outra forma.



José Fabri e Julia Balsani

Amélia Fabri e família - Chácara Palmeiras. D. Amélia esteve em Colina, em meados de 2009, e depois enviou esta foto















Contratando os serviços de João Massarela, ex-engenheiro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, José Venâncio loteou o retângulo compreendido entre as avenidas 15 de novembro, hoje Antonio de Paulo Miranda e Conselheiro Antonio Prado, hoje Moacir Vizzoto, 13 de maio e Barão do Rio Branco, hoje Cel. Antenor Junqueira Franco. Os lotes de terras ou "posses" foram vendidos por intermédio do corretor Teodorico.
Cel. José Venâncio Dias nasceu em Sant'ana Dos Olhos D'agua, no municipio de Orlândia SP, em 9 de junho de 1869, filho de José Venâncio Dias e Helena Diniz Junqueira


Roberta Junqueira De Almeida Este móvel foi dado aos meus avós em 1927 Luiza e Olyntho ( Rosa) pelas filhas do Coronel José Venâncio como presente de casamento. A família havia trocado os móveis e deu uma parte para para meus avós e a outra parte para alguém da família Nogueira.







Alice Nogueira Dias, era filha do Cel. José Venâncio e, em sua homenagem, a Ponte Metálica e a Maternidade levam seu nome...

Casamento de D. Mariana Dias, filha de Cel. José Venâncio Dias, dom o Dr. Lamounier de Andrade


Lamounier de Andrade
Dr Lamounier de Andrade e Mariana Dias tiveram os filhos: José Venâncio Dias de Andrade, médico pediatra; Francisco Cassiano Dias de Andrade, clinico geral; Ana Maria Dias de Andrade, professora e Cristiano Dias de Andrade, que faleceu em Colina aos 12 anos

Aniversário de 50 anos da Dona Ignacia, tirada em abril de 1910.
Nesta foto também está o CEL. José Venâncio.(Foto de Roberta Junqueira).





Roberta Junqueira: Este móvel foi dado aos meus avós em 1927 Luiza e Olyntho ( Rosa) pelas filhas do Coronel José Venâncio como presente de casamento. A família havia trocado os móveis e deu uma parte para para meus avós e a outra parte para alguém da família Nogueira (fotos de Renata Paro)








Entre as famílias fundadoras está a do Cel. Luciano de Melo Nogueira (vide Fazenda Mandaguari)

 O Cel. Luciano doou à Igreja as terras
que hoje formam o Patrimônio

1935 - Bodas de Ouro do Cel. Luciano de Mello Nogueira e D. Jacinta Carvalhães Nogueira


Foto tirada no casarão da Família Vianna, na época pertencente ao Cel. Luciano



doações para a construção da Igreja


REVISTA DBO RURAL, EDIÇÃO 188, DE MAIO DE 1996, 

Páginas 104/105

Mário Mazzei Guimarães - jornalista

O Coronel Luciano de Melo Nogueira, (da Guarda Nacional, ninho de política, não de guerra), de origem fluminense, saiu da ex-cafeeira Rezende, RJ, para Minas Gerais, onde casou na área de Passos. Montou café em Monte Santo (MG) e formou família. Com ela crescendo e, com e como outros Nogueira fluminenses, enfurnou-se em São Paulo. A sua“bandeira” foi dar entre Colina e Jaborandi, arraiais de Barretos e de terra boa. Acampou com seu povo, abriu a mata, a mulher, dona Sintota (Jacintha Carvalhaes Nogueira), de cozinheira-chefe e, começou a Mandaguari. Chegou a 1.500 alqueires paulista e a um milhão de cafeeiros, além de muito pasto e lavouras de palhada. Isso durante o primeiro quarto de século. A fazenda acabou virando um povoado: venda, barbeiro, colônia de tijolos, relojoeiro, grupo escolar, serraria, ferraria, máquina de benefício, palco na tulha... Depois, piscina, duas “casas grandes”, eletricidade, água encanada, telefone... Ao envelhecer, foi morar em Colina, mas vinha muito a pé à fazenda, a uma légua e, brincava com os netos na piscina, nadando “de cachorrinho”. Foi chefe político nas redondezas, humilde e amável. Distribui as terras entre os nove filhos e em tempo ruim, fim da amarga década de 30. Foi-se aos 70 e tantos, na década de 40, a fazenda espandongando. Salvou-a o filho homem mais novo, Lupércio Carvalhaes Nogueira, ajeitado na seção de Santa Cruz, terra arroxeando. Morava na fazendinha, que reformou e eletrificou, pôs água na torneira, fez agricultura diversificada, puxada pelo café e... vendeu-a quando a velhice lhe pegou a vez.

artigo enviado por: Luciano Aguiar Nogueira que escreveu: faz parte da história de Colina.



Ainda sobre os primórdios de Colina escreveu o Embaixador Renato Prado Guimarães, filho do jornalista Mario Mazzei Guimarães:

Muros altos, ruas largas


                     Querem mais matéria para pensar, sobre coisas singulares da urbe colinense? 
                     Por que Colina tem ruas tão amplas, avenidas tão largas? 
                    Meu pai se faz essa pergunta há quase um século (ele tem 98 anos e conheceu Colina desde quando ela nem era, em 1915; mas do lugar ele diz que “comecei a ter notícia lembradeira só lá pelos 4/5 anos”, ou seja, entre 1918 e 1919):
                                “(...) por que o traçado, de ruas largas? A Sete 
                                de Setembro ainda era  chamada de Avenida. E 
                                a Rua da Estação? Com casas só de um lado, e
                                do outro só o trem de ferro, a gare, os 
                                armazéns, e uma bruta largura de permeio? E a 
                                rua que passava por baixo do trem, que ampla 
                                que era! E aquela que descia da estação, até 
                                com árvores plantadas no meio depois?”
                                Meu pai especula: 
                               “Teria havido uma cabeça para conceber isso,  
                               que era novidade, pois tanto em Barretos, como 
                                em Bebedouro, Viradouro e Pitangueiras, e até
                                em Jaboticabal, nessa época a flor da região, as
                                ruas, a começar do centro, eram estreitas, nem
                                pareciam prever a presença próxima do 
                                automóvel quando se instalaram. Quando  rapaz, 
                                puxava pela cabeça. O doutor Torelli, abalizado 
                                engenheiro, não poderia ser, apareceu muito 
                                mais tarde para construir uma ferrovia no rumo
                                de um lenheiro das bandas de Jaborandi, de 
                                interesse da Paulista, e que não carregava 
                                passageiro. Seria o Chico de Paula Figueira,
                                letrado e novidadeiro? Seria algum Junqueira, 
                                ávido de espaço, andejo desde Minas, caçando 
                                terra para café e pasto e caçando propriamente 
                                falando? Ou seria acaso o doutor Isaac, velho 
                                judeu alemão, que só andava nas ruas de vasto
                                guarda-sol aberto, branco avermelhado que era? 
                                Moleque, nunca tinha conversado com ele, que 
                                era muito respeitado na cidade, por gregos e 
                                troianos. Um Figueira, ou um Lopes, quando o
                                via, tirava o chapéu, mesmo de longe. Era um 
                                bonachão casmurro e levava jeito de solteiro
                                intransigente, na sua velhice saudável de   
                                constante andarilho. Diziam que fora engenheiro
                                da Paulista e demarcara muitas terras na região.
                                Poderia ter feito o traçado da vila, sob as asas
                                da própria Paulista, interessada em "abrir" uma 
                                cidade mais funcional, menos ibérica, diferente
                                das que encontrara já feitas...”.
                Isso aí vem de “Notícia do Mundo”, obra ainda inédita em que meu pai, Mario Mazzei Guimarães,  dá conta do que viu e viveu em sua existência densa e extensa. Tem muita coisa sobre Colina, Jaborandi, Barretos, Bebedouro, e toda a região – além de um retrato em tons épicos da Fazenda Mandaguari, onde meu avô paterno foi administrador – retrato grandioso, sensível e minucioso como a memória do autor.  Quem sabe um dia possa, a obra, ser dada a lume aqui, em Colina, da qual conta coisas esplêndidas, atraentes novidades do antanho. Em linguagem do cotidiano, pois meu pai é essencialmente um jornalista - cronista assíduo do dia a dia e da História,  por muito anos Redator-Chefe e colunista (alguém se lembra do Pedro Leite?) das Folhas, das quais foi o primeiro ganhador de Prêmio Esso, em 1957, com uma série muito celebrada e profética de artigos sobre o Vale do Rio São Francisco,  e o que este viria a ser – e é, meio século depois!
                 Muros altos, ruas largas. Outra contradição urbanística. Quem vai esclarecer o mistério?


A HISTÓRIA OFICIAL:

Colina começou a comemorar os aniversários de sua emancipação político - administrativa na administração de João Paro, na década de 60. Anteriormente, as maiores festividades realizadas na cidade eram em ocasião de 9 de julho, relembrando a participação de Colina na Revolução de 32, a chamada Revolução Constitucionalista.
Nos anos anteriores a emancipação, em 1926, o que a história registra é uma verdadeira luta de desbravamento promovida pelas primeiras famílias que aquí chegaram no final do século XIX. Por volta de 1900, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, que já estendera seus trilhos até Bebedouro, dependia de verba para aquisição do leito ferroviário ao longo do trecho Bebedouro - Barretos.
José Venâncio Dias, proprietário de uma fazenda aqui localizada, de nome "Colina", que tinha terras extensas cobertas por matas, se apressou e foi à Campinas oferecer gratuitamente a faixa de terras que fosse necessária. Diante da oferta um dos diretores perguntou: "O que espera o coronel ganhar com esta doação ? José Venâncio respondeu: "Desejo ouvir o apito de um trem, anúncio sonoro de um progresso para toda a nossa região".
O negócio foi fechado e a terra foi doada. Cinco anos depois o coronel, sentado à varanda de sua fazenda, ouvia apitar o primeiro trem com destino a Barretos.

A FUNDAÇÃO DE COLINA 
José Venâncio Dias, Luciano de Mello Nogueira e Antônio Junqueira Franco são apontados como os principais responsáveis pela fundação da cidade, porque estiveram sempre à testa das realizações e conquistas.
É de justiça, porém, acrescentar a estes os nomes dos proprietários das demais fazendas vizinhas, do Turvo, Onça, Consulta, Retirinho, Cava, etc., a quem coube prestigiar, com seu apoio e confiança, as decisões dos três primeiros, que afinal eram eles todos ligados a uma única família.

AS TERRAS 
Todas as fazendas, que se estendiam por toda a região, pertenciam ao Município de Barretos. A Fazenda Collina, constava de três partes: Baixada (atual centro da cidade), Baixadinha (parte da Pedreira, Cohab 2, Cemitério e fundos) e Cabaças (hoje Estação Experimental de Zootecnia).
José Venâncio loteou o retângulo compreendido entre as Avenidas 15 de Novembro (hoje rua Antônio Paulo de Miranda), a Rua 13 de Maio e Barão do Rio Branco (Av. Antenor Junqueira Franco) a Av. Conselheiro Antônio Prado (Moacir Vizzoto). Os lotes, demarcados por João Massarela, ex-engenheiro da Paulista, foram vendidos pelo corretor Teodorico, a preços acessíveis e condições facilitadas.

O CRESCIMENTO 
O arraial foi nascendo com sua zona residencial na parte alta, e na parte baixa a área comercial. Antônio Junqueira Franco fundou uma Casa Bancária. Em dez anos, a área do ramal estava desbravada e vastas áreas de café foram surgindo por toda parte.
A primeira casa de Colina foi efetivamente a de José Fabri, que veio a cidade em 1903. Ela ficava na atual esquina da Av. Dr. Manoel P. Fernandes com a Rua 13 de Maio, servindo de pouso para carreiros, tropeiros, medeireiros e outros viajantes. Teodorico, o corretor, construiu a segunda, seguida pelos barracões de zinco e casas de tijolos.

AS BENFEITORIAS 
Altivo Gonçalves de Araújo (Tivico) e sua irmã Natividade Arantes (Dadade) fundaram a primeira escola primária; posteriormente Altivo ainda foi agente do Correio e escrivão da Coletoria Estadual.
Funzinato Bertazzi abriu a "Pharmácia Santa Izabel", que atraiu a vinda de médicos como Lara, Colombo, Moura Pinto, Barcellos e Lamounier de Andrade. Em seguida foram os gabinetes dentários de Abrahão Neto e José Calazans de Moraes, que se instalaram. Estes ainda foram delegados de polícia.
As primeiras casas comerciais situavam-se nas avenidas Ângelo Martins Tristão e 7 de Setembro, tendo como proprietários Antônio de Almeida, Hermirio Magalhães, Antônio Nogueira da Silva e Durval Nogueira.

A EMANCIPAÇÃO 
Em 1917, os líderes locais, que pertenciam ao então Partido Republicano Paulista conseguiram a aprovação da Lei n.º 1572, em São Paulo, passando o Patrimônio de Collina para a categoria de Distrito, instalado em 19 de abril de 1918.
O ideal da emancipação já fervilhava entre os moradores e o Partido decidiu fundar um jornal semanário, que recebeu o nome de "O COLLINENSE", com a finalidade de difundir o ideal e lutar pelos interesses da comunidade, em 18 de agosto de 1918.
A vitória foi obtida em 1925, caracterizando-se pela Lei Estadual n.º 2.096, de 24 de dezembro e a instalação oficial do Município de Collina deu-se a 21 de abril de 1926, tendo o primeiro prefeito, Antônio "Nico" Junqueira Franco, tomado posse dois dias depois.
Essa breve história, com certeza, deixou de citar alguns nomes que foram importantes para todo o processo de fundação da cidade. Vale lembrar que outras pessoas também participaram da história do município, como os engenheiros da Paulista que apostaram na cidade, os trabalhadores que investiram no café e outras culturas e aqueles que nunca terão seus nomes registrados, porém participaram substancialmente do desbravamento deste chão.

DO JORNAL O COLINENSE – 18/04/2002 

Origem do NomeAs colinas que cercam a área de terra que foi doada pelo fundador da cidade Cel. José Venâncio e que formavam a Fazenda Colina.

Santo PadroeiroSão José - 19 de Março

Datas Históricas mais importantes
 21/04 - Fundação
Julho - Festa do Cavalo

Outras informações complementaresA Festa do Cavalo é realizada anualmente durante o mês de julho, no Recinto de Exposições Mario de Felício. É um evento que atrai turistas de todo o Brasil, cavalheiros e ginetes de renome nacional e internacional para as competições hípicas que aqui acontecem.

Ainda sobre a história de Colina
postagem em parceria com o blog Colina Cidade Carinho, de Vagner Meira Cotrim: http://colinasp.blogspot.com/

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